quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Nº 9 Mensagem "sui-generis" de Natal



Tentamos publicar este jornalzinho antes do Natal próximo passado, por motivos técnicos, não conseguimos. Pedimos desculpas pelo atraso.

Citamos no blog nº 4 a necessidade de encontrarmos o significado de nossa própria existência e indicamos a obra de Viktor Frankl, que consideramos importante para inspirar-nos no exercício de nossa filosofia epicurista moderna. No momento, é oportuno consultar seu livro Em busca de sentido da Editora Sinodal e Vozes. Aí queremos realçar o capítulo "Arte no campo de concentração", p. 46 e 48. Prisioneiros da 2ª grande guerra no campo de concentração alemão conseguem compensar o desespero por sua morte lenta, num rápido intervalo, apresentando um teatro improvisado, um canto, um poema ou a música de um violino. Imaginem num pano de fundo tão tenebroso a beleza comovente daqueles acordes harmonizantes de poucos minutos!

Felizmente, numa situação muitíssimo melhor, podemos hoje valorizar a arte para enriquecer nossa mensagem ao Menino Jesus, o Divino Salvador, o aniversariante de 25 de dezmbro, ofuscado por Papai Noel,carregado de mercadorias e tão endeusado. Mercadorias que quase sempre introjetam falsas necessidades na sociedade.

A poesia nos coloca pertinho de Deus, por isso vamos apresentar alguns poemas.


Sou Garimpeira(com a palavra Anna)


Escrevo, escevo, escrevo
compulsivamente.
Garimpo as pedra preciosas
que botaram dentro de mim.
Elas vêm com o barro da terra.

Eu as seleciono, preparo, guardo
e publico.

Eu, a poeta-garimpeira, não sei
agradar o público que gosta de bijuterias.

Mas não posso parar.
Minha bateia vive cheia.
Ouvindo a música de Marcos Ariel, Dança das Marcelinhas, compusemos o seguinte poema:
Vida
Marcelinha amarela,
hoje me vesti de amarelo
para dançar com você,
para amar você.
Sou Adarovla, a alvorada.
Olhe o vento no meu nome.
Olhe a sinfonia da cachoeira.
Olhe os trigais maduros,
povoados de gnomos etéreos.
Marcelinha do meu coração,
seus olores louros
entram nas minhas narinas.
Vou beijar seu pólen,
minha luz vai engravidar você
de verdades e venturas,
nesses tempos sem verdades.
Nascem outras marcelinhas.
criancinhas douradas
que vão continuar o bailado
da vida.
Uma oportuna reflexão:
Filosofia da Informática
"Os mortais acreditam ser máquinas físicas que aprenderam a pensar, Na verdade eles são pensamentos que qprenderam a criar uma máquina física."
CHOPRA, Deepak. O caminho do mago.
Deus é o computador maior.
Imune a todos os vírus,
sabe tudo e cobra tudo,
tem a memória de todas as memórias,
está aqui e ali,
é o outrora, o hoje e o porvir.
Velocidade tão grande
que está em todos os tempos e lugares
no atemporal e no anespacial.
Mas o computador-máquina não é um Deus menor.
Deus está tanto no grande como no pequeno.
Tanto o pequeno como o grande estão em Deus.
O computador-máquina não é um Deus,
é uma forma de energia que flui.
Nem sempre construtiva.
Tudo é imitação da obra divina.
O homem tembém é um micro
onde cabe um macro.
Cuidado com o vírus!
Somos em Deus, estamos em Deus,
estamos no ser cósmico.
Este poema que acabamos de transcrever nos levam ao questionamento sobre o Bem e o Mal e é um início para o estudo sobre a meditação mística que serão temas de outros blogs.
Agora, dois poemas e uma pequena crônica mais especificamente sobre o Natal.
Natal
Quando sinos repicarem
Quando taças se erguerem
Quando mãos se apertarem
Vamos pensar que ainda é possível
A paz entre os homens
Porque Jesua nasceu a semear o amor
As estrelas caem em chuva
Sobre o abrigo improvisado
Todas as forças da Terra
Do Leste e do Oeste, unidas
A todas as forças do Céu
Se irmanam
Recomeçamos a viver no influxo
De uma nova gnose que nos leva
Ao Vinho
Ao Trigo
À Alquimia
O Natal é mais que a mesa posta
Que os cacos coloridos dos shops
Que o perambular coisamente
Pelos supermercados
Queremos do Natal
Uma luz interna
Brilhando como jóia rara
a destruir a inércia
Queremos um amor que seja ação
Natal
Luzes efêmeras, fugazes, faiscantes
presentes frívolos, fúteis
alegrias fantasiosas, camuflantes.
Sopro que passa.
Num só dia? Não é Natal.
Ah! a paz, a paz!
Paz na Terra
Onde estão os homens de boa vontade?
Natal é a presença da luz do Leste
de onde veio Jesus.
Natal
Se você quiser, é Natal todos os dias em sua casa. Se você amparar: o índio e o negro com sua história de sofrimento, a mulher desvalida, a criança abandonada, todos os despossuídos de emprego, de renda, de educação, de saúde, de cidadania. De carinho!
Aí você estará abrigando o Menino de Belém.
E, para finalizar, oferecemos os dizeres de uma carta do "tarô do amor", fugindo dos estereótipos:
Tente se livrar dos conceitos preestabelecidos para "amor" e procure uma concepção pessoal. Procure manifestações de amor em outros níveis da natureza, como nos reinos vegetal, animal e mineral. Escreva sobre o assunto e divulgue.