CANÇÃO À PRIMAVERA
Pipocar rebentar regurgitar libertar
iluminar esquentar renovar florescer
cantar bailar embriagar extasiar
nascer reconciliar irmanar viver
reencontrar
a maior beleza
a maior riqueza
o ouro do sol!
Primavera, a obra prima
vera comunhão
que vence o inverno
prima, vera vida.
Sempre a brotar
de dia, de noite, nas igrejas, nas praças, nos lares,
nos corações dos homens e das mulheres.
É primavera
na música colorida das ruas, na algazarra dos bares,
no segredo dos passos apressados, no perfume dos bailes,
no mistério das estrelas, no sabor do primeiro beijo de amor,
sempre, em todas as partes, na alegria e na dor.
É primavera
no choro velado, nas bocas amargas em silêncio,
nos olhinhos dourados do menino descalço,
nas mãos lúbricas da prostituta,
nas lágrimas do velho encarcerado...
Apesar de...
A manhã está clara e de nossa varanda,
vemos o Dedo de Deus!
Vemos mesmo, daqui de casa, avistamos o Dedo de Deus em Magé.Fato sem a foto e que pode nos levar a profundas meditações.
Após uma pausa e ouvindo a música de Marcos Ariel, "Dança das Marcelas" compusemos o poema "Vida".
Procuramos compensar o triste adeus ao verde, o agourento adeus à vida, apresentado no final da postagem nº 8, num poema que intitulamos "Infelizes Mutações".
Assim nos expressamos:
VIDA
A Neusa Peçanha com carinho e gratidão
Marcelinha amarela,
hoje me vesti de amarelo
para dançar com você,
para amar você.
Sou Adarovla, a alvorada.
Olhe o vento no meu nome.
Olhe a sinfonia da cachoeira.
Olhe os trigais maduros,
povoados de gnomos etéreos
Marcelinha do meu coração,
seus olores louros
entram nas minha s narinas.
Vou beijar seu pólen,
Minha luz vai engravidar você
de verdades e venturas,
Nesses tempos sem verdades
e sem-vergonha.
Nascem outras marcelinhas,
criancinhas douradas
que vão continuar o bailado
da Vida.
Solicitamos que você (re)leia a postagem nº8, "Dialogismo".
Oferecemos, então, à Green Peace, aos ecologistas e a nossa amiga, a escritora Penha Brandão pedindo socorro, a trova que se segue:
Ai, triste árvore! adeus!
Triste, seca e contorcida...
O machado, meu bom Deus,
acaba com nossa vida!
E outra vez, uma compensação, agora, na alegria de 4 haicais.
Assim, definimos haicai:
Solzinho a brilhar
miniatura japonesa
na alvorada cósmica.
Aí vão os outros 3 que prometemos:
Prima, vera vida
que sempre vence o inverno
com cores e flores.
A serpente pula
camuflada de floresta
e era uma bromélia.
Pétalas tecidas
no céu, violeta, ametista
mística a florir.
Que num ambiente primaveril de uma floresta de nosso Brasil, à beira de um regato, harmonizado com a consciência cósmica, você faça um "criação mental".
Aguarde o resultado tudo virá a seu tempo.
Paz Verde!
Paz de Cristo!
Jesus, o Cristo, na presença dos lírios do campo, fez um show, um hino ao belo.
domingo, 20 de outubro de 2013
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