domingo, 25 de outubro de 2015

N°54 : Continuação da postagem nº 53

      O sistema nervoso autônomo faz o elo entre a consciência subconsciente e a subjetiva. É também chamado neurovegetativo, é formado pelo sistema nervoso simpático e pelo parassimpático. Não é só vegetativo nem é autônomo, é interligado ao hipotálamo. É formado de nervos e gânglios.
         O sistema nervoso simpático e o parassimpático trabalham de forma contrária, podendo-se afirmar que o sistema nervoso parassimpático restaura os níveis de equilíbrio alterados pelo simpático. Não podemos neste momento entrar neste complicado estudo.
          O sistema nervoso autônomo assim se chama porque controla a função involuntária de diversos órgãos, já que a maior parte de sua atividade não chega ao córtex cerebral. Desta forma, é responsável por comandar mecanismos que conscientemente não se pode modificar, como por exemplo os batimentos cardíacos, a secreção das glândulas da mucosa estomacal, a dilatação das pupilas... Também não entendemos como os conteúdos oníricos passam da consciência subconsciente para a consciência subjetiva, através do sistema nervoso autônomo. Estamos interessados em conhecer e analisar estes conteúdos. 
       O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam. Blaise Pascal.
          Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. Shakespeare.
            Interpretar os sonhos requer um esforço do consciente para compreender o inconsciente. Ora, este último continua a ser um mistério para o intelecto que é mais apto a trabalhar conceitos que a decifrar símbolos. A interpretação dos sonhos constitui sempre um desafio, que pretendemos enfrentar, dentro do possível.
      Os sonhos nos oferecem a principal via para adentrar ao inconsciente. Sua linguagem caracteristicamente simbólica proporciona umas pedrinhas nos sapatos do psicanalista.
           Segundo Freud, neles procuramos realizar nossos profundos desejos reprimidos. Mas nem sempre é assim. Há sonhos proféticos, nítidos e coerentes(às vezes significam uma reminiscência mais ou menos exata),confusos (os mais comuns, podem ter várias causas. Consulte Os Sonhos de Leadbeater  da Editora Pensamento, São Paulo), curativos, premonitórios, espirituais, dirigidos, influenciados por outras pessoas etc.
            Eles são um alívio para o estresse que se desenvolveu nas horas de vigília. Permitem também eliminar a cólera e tratar as feridas morais. São indispensáveis, pois se alguém fosse privado dos sonhos, logo teria grandes distúrbios psicológicos.
       Os intérpretes do sonho devem compreender seus  mecanismos de elaboração, bem como estudar a linguagem simbólica e, principalmente desenvolver a intuição. A interpretação mais importante é a do próprio sonhador, ele é que conhece bem o contexto  do sonho, seus relacionamentos seus sentimentos ao sonhar. O que para você pode ser muito triste, na experiência do sonhador, pode ser muito alegre, ele é que sabe explicar.
          Os sonhos revelam sempre as profundezas da alma.

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