segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

N° 11: O Bem e o Mal _ continuação

No blog n° 8, fizemos referência à autotranscendência que nos leva à evolução e à criatividade e que é muito importante na vida do homem.
Forneremos agora uma simplificada definição de transcendência, assunto que ocupa muitas e muitas páginas dos compêndios de Filosofia. Para chegar lá, é preciso entender aqui.
Transcendência é a qualidade do que não se esgota em si-mesmo. E a qualidade do que se esgota em si-mesmo é a imanência. Deus é o ser imanente por excelência, porque contém todos os outros seres.Tudo, menos o Mal, está em Deus, ele não pode transcender. Mas, para aproximar-nos de Deus, temos que transcender. O Mal é a ausência do Bem, já o estudamos, propriamente o Mal não existe, é uma invenção da mente humana. A ignorância (inscitia) e o medo da Morte (sentimento patológico da finitude) é que estão na origem do Mal.
Façamos uma reflexão e, ao mesmo tempo, uma avaliação de nossa posição, diante dos pricípios filosóficos sobre o Bem e o Mal.
Acreditamos que há um regente do Universo, Deus. que planeja sempre para o Bem e que planejou nosso destino. Destino este que está inscrito em nosso inconsciente individual e coletivo. Nossa felicidade depende das escolhas (é o livre arbítrio) que fazemos, orientados pelo inconsciente. Deus nos dá a tela com os desenhos traçados, nos dá a linha e as agulhas. Somos livres para bordar nosso tapete, podemos criar nele um céu ou um inferno e iremsos viver num ou noutro, conforme foi nossa escolha. Muito ainda temos que aprender a escolher e a realizar.
O problema do Bem e do Mal é arbitrário, porque, conforme a raça, cultura, política, crenças e grau de evolução, cada indivíduo tem dele uma compreensão diferente. Mas existem normas gerais que permitem estabelecer uma distinção entre comportamentos fundamentalmente bons e fundamentalmente maus. Como aplicação deste princípio, indiquem as ações, reações, atitudes, pontos de vista, idéias, crenças etc que acharem que pertençam ao Mal, opondo-se ao Bem. Usem apenas uma palavra em cada linha e não empreguem termos cognatoos, isto é, não escrevam, por exemplo, desunião para opor-se à união, uma das opções poderia ser separação. Este exercício nos obrigará a meditar num assunto muito importante para convivermos com os outros e para progredirmos espiritualmente.
BEM MAL
Prazer------------------------------------------------------------------------------
Criar -------------------------------------------------------------------------------
Amar -------------------------------------------------------------------------------
Verdade ----------------------------------------------------------------------------
Anjo ---------------------------------------------------------------------------------
Útil ---------------------------------------------------------------------------------
Justiça ------------------------------------------------------------------------------
Tranquilidade -----------------------------------------------------------------------
Decisão ------------------------------------------------------------------------------
Felicidade ----------------------------------------------------------------------------
União --------------------------------------------------------------------------------
Luz -----------------------------------------------------------------------------------
Paz ------------------------------------------------------------------------------------
Ordem --------------------------------------------------------------------------------
Há uma diferença muito sutil entre o Bem e o Mal. Todas as respostas são discutíveis. Vejamos: a ordem pode ser uma clareza desejável ou o fanatismo pela organização, um limitado raciocínio metódico. A decisão pode ser a possibilidade de um desenvolvimento da vontade ou uma necessidade intolerável. O antônimo de amar nem sempre é odiar, muitas vezes é o indiferentismo. Verdade versus mentira pode gerar uma dúvida. _ Na Arte, a mentira, isto é, a ficção, é positiva, é um caminho para se alcançar uma realidade mais abrangente. Filosofar é isto, aprendamos a filosofar.
O fato de nada dizermos ou fazermos em certas circunstãncias às vezes contraria o Bem e nem sempre constitui uma prova de sabedoria. Neste sentido, a passividade, o silêncio não devem servir de pretexto. Aceitar o Mal por omissão é tão culposo quanto praticá-lo.
Lembremo-nos que a maior das liberdades é aquela que permite a todo ser humano aplicar plenamente seu livre arbítrio no respeito às leis humanas e cósmicas.

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